
Crianças a partir dos três anos já estão aptas para iniciar o ballet clássico. O programa de aulas, juntamente com a técnica, conhecimentos lúdicos, facilita o aprendizado da criança. Para isso, desenhos, pinturas, jogos e imitações são incorporados na metodologia. Até os seis anos a criança quer brincar e não se pode tirar isso dela. Faz parte do seu desenvolvimento base. Nas aulas eu faço alusão a animais, elementos da natureza, e tudo isso ajuda a desenvolver a percepção da criança.
As aulas para as crianças até seis anos de idade são voltadas para o aprimoramento da sua coordenação motora, expressão e do seu equilíbrio. A partir dos sete anos a técnica começa a ser introduzida de maneira mais explícita, mas sem abandonar a parte lúdica. É claro que tudo depende do ritmo da criança e eu estou aqui para isso. Respeito a idade de cada uma, mas não posso deixar de lado a técnica.
Os efeitos das aulas de clássico são notáveis logo nos primeiros meses. A criança, submetida ao contato de outras deixa de lado um pouco da sua individualidade para poder se socializar. Ela aprende limites. Fora isso, a criança percorre um caminho de grande descoberta, no qual aprende a conhecer e a dominar o seu corpo.
As aulas devem ter no máximo uma hora de duração e é importante que os pais não as assistam, para não inibir a criança. Além disso, é fundamental não criar expectativas e deixar que a criança faça o seu próprio trajeto. Projetar antigas frustrações na criança não vai determinar seu desempenho.
“Todas as pessoas nascem com certa disposição corporal para algum seguimento, seja para a dança, o futebol, a pintura. No caso do ballet, fica perceptível aquela criança que nasce com o talento, mas isso não significa que ela será uma boa bailarina. O que determina isso é o quanto ela vai se dedicar”.
